Querida Mãe
Leda Terezinha Rubin
Sinto você em cada passo
Em cada sopro do vento
Em cada etapa da vida,
Em horas de desalento.
Sinto seu cheiro, perfume,
Em cada flor que aspiro,
Sinto seu toque materno
Em todos os meus suspiros
Vejo o brilho de seus olhos
Nas contas do meu rosário
Ouço sua voz de acalanto
Nas luzes do meu sacrário.
Ouço ainda seus conselhos
Como belas melodias,
Sinto anjos que me guiam,
Com suas mãos e maestria
Percebo em mim ainda hoje,
Seu amor, sua bravura,
Por todos os meus deslizes,
Corrigidos com ternura
Sinto suas mãos macias,
Acariciando meus cabelos,
E a discreta melodia,
Demonstrando seu desvelo
Sua escola, ainda lembro,
Foi de uma sabedoria:
Pois os seus ensinamentos
Nunca mais esqueceria!
No meu carinho de mãe
Sinto sempre teu abraço
Meus filhos são como seus
Apoiados em meu regaço!
Percebo em mim claramente
O teu ímpeto fraterno
Quando chorando sorria,
O teu coração materno
Sinto ainda sua coragem
Praticando a humildade
Vejo em cada ser humano
Traços de tua bondade
É de ti mãe que me lembro
Quando a vida me aborrece
Faço, então, o que ensinaste,
Consagro a Deus uma prece.
Ser mãe é um compromisso,
Ao dom que Deus nos legou
Traz-nos algum sacrifício,
Mas o amor o superou.
As mães que já deixaram
O convívio da família,
Estão na mesa do Senhor,
Recebendo a sua partilha!
Receba, Mãe, meu carinho,
Neste dia especial,
Junto a Deus Nosso Senhor,
Em sua paz celestial!
Leda Terezinha Rubin
Todos os direitos reservados à
autora
Soledade, 11 de maio de 2008.
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