Margot de Freitas Santos

 

 


Peregrinando sigo meu caminho.
Diminuo o passo, já não tenho pressa,
Sem identidade ... sou apenas espectro,
Não traço rota...nem busco meta.


Quero a água límpida da chuva no rosto,
O brilho da lua prateando meu corpo,
O sol ardente aquecendo minh`alma,
A estrela cadente trazendo-me a calma.


Quero a dança fosforescente dos pirilampos
Indo de encontro ao matizado vôo das borboletas.
O perfume capitoso das flores me embriagando,
A volta da inocência... meus sonhos de princesa.


Peregrina sou! Sentimentos em agonia e dor,
Uma carcaça envolta em dissabores,
A espera dos anjos que habitam a noite,
Trazendo de volta, meus sonhos desertores.


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