Marlene Rangel Sardenberg

 

 

Deus o fez poeta. Pobre peregrino
neste mundo de sonhos e ilusões!
Forjou-lhe a alma eterna de menino
pra resguardá-lo das decepções


das horas de espera sem chegada
que ele sente e não consegue entendê-las:
como viver na solidão gelada
quando se está tão perto das estrelas!?


Depois de tropeçar no paraíso,
cair de amores, ainda é preciso
da caminhada encontrar a meta?
 



Pra conviver com as angústias que o consomem,
sofre, então, como homem que é poeta
por viver como poeta, que é homem.
 

 

 

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