A minha amada é pura como o orvalho
que beija as flores pela madrugada.
As suas mãos são feitas de veludo.
Juntinho dela sou maior que tudo
e longe dela sou menor que nada



A minha amada mostra nos olhinhos
a luminosidade da manhã.
A sua voz perfuma a natureza.
Juntinho dela a vida é uma c
erteza
e longe dela uma esperança vã.



A minha amada tem nos lábios rubros
uma doçura sem definição.
Ao seu sorriso desabrocham flores.
Juntinho dela o mundo é luz e cores
e longe dela negra solidão.



A minha amada fala tão bonito
que até me surpreende, até me assusta.
Tem das rainhas o semblante e a graça.
Juntinho dela como o tempo passa
e longe dela como o tempo custa.



A minha amada é minha há  mil milênios
e eu dela sempre fui, antes de mim.
O nosso amor respira eternidade.
Juntinho dela é pouco a imensidade
e longe dela o nada não tem fim.



A minha amada é pura como o orvalho
que beija as flores pela madrugada,
As suas mãos são feitas de veludo.
Juntinho dela sou maior que tudo
e longe dela sou menor que nada.
 




Poeta e escritor  – São Fidélis /RJ

Poema extraído do Livro Os Pratos de Vovó

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