Sila Maria Oliveira de Souza

 

 

A chuva cai, seus pingos na janela
Espalham gotas que me deixam triste!
A noite é a sentinela
Que às cenas todas, deste quadro assiste.
Escutando os trovões a alma resiste,
E me vem à lembrança a infância bela,
Enquanto a escuridão em mim persiste
Para que eu sofra com saudade dela!
Infância! Ave sem rumo e sem pousada!
Bateu asas, voou como fumaça
E desapareceu sem dizer nada...
Hoje é que sinto, ouvindo os temporais
Que a nossa infância é como a chuva:
Passa desaparece e não retorna mais!

 

 

 

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