Margot de Freitas Santos

 

 

 

Qual árvore frondosa, um dia foste.
Folhas verdejantes, tua alma,
Caule viçoso, tua estrutura,
Flores perfumadas, tua alegria.
 


O cotidiano, de ti roubou a alegria.
Folhas verdejantes, mutaram...secaram.
Sugaram-te a seiva, trazendo a agonia.
Foste secando, esfacelando...ruindo.
 


Teu corpo...como o caule reclinou.
Folhas secas, rodearam teu corpo.
Mas o coração pulsava, guerreava.
Descompassado, insistia...exasperava.
 


As folhas secas adubaram teus pés,
As lágrimas alimentaram tuas raízes.
Fortaleceste, reergueste...floriste.
Mulher! Árvore frondosa... ressurgiste!
 

 

 

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