Margot de Freitas Santos

 

 

Vim de uma grande união: família de seis irmãos,
Sapatinhos na janela, Papai Noel e canção.
Tempos difíceis, não minto, mas de enorme emoção.
Mamãe enfeitando a árvore, em volta os nossos olhinhos
Não perdiam um tiquinho daquela agitação!
Era uma grande balbúrdia queríamos participar,
Segurávamos as bolinhas na ânsia de ornamentar.
Com o passar do tempo comecei a descobrir,
Que a árvore tão grandiosa não era tão rica assim:
“Somente um cabo de vasculho,
Um arame bem trançado,
Papel crepom picotado,
Algodão imitando neve”.
Passaram-se muitos anos um dia, engravidei,
Queria trazer de volta o Natal que vivenciei.
Aos poucos fui recordando, daquela engenhosa imagem,
E com encanto e alegria ali estava ela erguida,
A árvore da minha infância:
“Somente um cabo de vasculho,
Um arame bem trançado,
Papel crepom picotado,
Algodão imitando neve”.
Numa grande comoção de soluços fui tomada,
Ao ver meu filho querido fitando aquela árvore
Não querendo perder um tiquinho,daquela tão bela imagem.
Abracei-o com carinho na ânsia de perpetuar,
A grande magia existente, daquele Natal presente
Que tinha trazido de volta, a árvore dos meus encantos:
“Somente um de cabo de vasculho,
Um arame bem trançado,
Papel crepom picotado,
Algodão imitando neve".

( Dedico esse poema a minha grandiosa mãe, que tornou possível ter em meu coração, as mais lindas lembranças).
 

 

Margot de Freitas Santos

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