Vinícius de Moraes

 

 

O mundo parou
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.
 


Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo.
 


Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.
 

 

A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.
 


O dia o fez branco
Branco como a luz
À falta de um nome
Chamou - se Jesus.
 


Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te menino,
É triste o Natal.
 

 

 

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1913 / 1980

 

 

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