Antonio Manoel Abreu Sardenberg
São Fidélis “Cidade Poema”
 

 


A vida vai de arrasto,
Do sonho nada me resta
E o que sentia tão vasto,
Vejo agora que não presta.
 


Pranto...prece...procissão,
Passo largo sem destino,
E o meu sonho de menino
Perdeu-se na multidão.
 


Mundo frio e infiel,
Face fosca e infeliz,
Boca amarga que nem fel,
Esperança por um triz!
 


Sai do trilho o trem das três,
A trilha fica sem rumo,
A vertical sai do prumo,
E o sonho morre de vez:
Embarcou no “trem das onze”
E apeou no trem das três.
 

 

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