Lá da montanha o doce rio desce
como um filete alvo, cristalino;
inda é pequeno, frágil e até parece
ter a candura meiga de um menino.



E corta o vale suave e delicado,
vai deslizando no leito formoso.
É puro, belo, sem mancha ou pecado,
vai murmurando um canto tão gostoso.



Em sua margem, a relva verdejante
vai colorindo todo o caminho

deixando atrás o berço tão distante...

 


Oh...rio doce,  não merece espinho
e sim afago maternal constante,
um bem querer repleto de carinho!

Todos os direitos reservados ao autor

Imagem: AMASardenberg