Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

 

Já não sei quem mais eu sou,
Muito menos de onde vim,
Como tudo começou,
Se alguma coisa restou
Do pouco que existe em mim.

Quando acaba o que se quer
Morrendo nossa esperança,
Retiramos da lembrança
O amor dessa mulher.

Se a tristeza bate forte,
Vem com ela a nostalgia,
Nossa noite vira dia,
Perde-se o sono e o norte,
Tudo é só melancolia...

Mas toda noite termina

Ao despontar da aurora
E tudo tem sua hora
Pois a vida nos ensina:
Que o que a gente perde agora
Pode encontrar logo ali
Bem na próxima esquina.
 

 

 

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