Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

 

Queria ser um poeta
Para cantar o amor
E ofertar todo prosa,
Como se oferta uma rosa,
Ainda tenra em botão,
A mulher, amante, amada,
Musa, desejo e paixão...


Queria ser um poeta
Para cantar a candura
Da mãe que alimenta o filho,
Dando com tanta ternura
O leite que sai do peito
E que escorre pelo leito
De tão doce criatura!
 



Queria ser um poeta
Para cantar a beleza
De todo esse universo
E em prosa, trova e verso,
Cantar a doçura da vida,
Toda saudade sentida
Que machuca tanto a gente,
Que chega despercebida
Mas que dói quando se sente!


Queria ser um poeta
O mais nobre trovador
Para cantar com fervor
O sonho e a esperança,
O futuro da criança
Gerada com tanto amor!
 


Queria ser um poeta
Para fazer poesia
Da forma doce e discreta
E ofertar ao poeta
Um poema no seu dia.

Todos os direitos reservados ao autor