Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

 

Eu gravei a sua história
Na palma de minha mão:
Suas manias, trejeitos,
Todas virtudes, defeitos,
Toda loucura e paixão...
 


Gravei também as palavras
Cheias de afeto e carinho
E o sussurrar bem baixinho
Pedindo-me para ficar;
Gravei também toda luz
Que ilumina o seu olhar...
 


Gravei seu sorriso aberto,
Todo toque de magia;
Gravei tudinho, decerto,
Naquele primeiro dia
Em que ficamos tão perto!
 


Gravei o abraço amigo,
Terno doce e companheiro;
Gravei também por castigo
Esse encontro que existiu
Na dolorosa mentira
De um primeiro de abril.

 

 

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