Antonio Manoel Abreu Sardenberg

São Fidélis "Cidade POema"

 

 

Na vida do faz-de-conta,
Conto os dias sem cessar:
Pego o terço pela ponta
Pro rosário desfiar...
 


Em cada conta que conto
Mais aumenta o meu penar.
Na vida do faz-de-conta
Eu vejo a vida passar!
 


Já contei a minha infância
Em prosas e poesias;
Todas as estripulias
Em meus versos já narrei.
Era pobre que nem Jó
Mas vivia como um um rei...

 



Narrei minha adolescência,
O meu tempo de rapaz,
E  as contas que já contei
Eu sei que não conto mais...

 



E hoje guardo a lembrança
Da saudade que ficou
No conto de faz-de-conta
Que meu passado levou.
 

 

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