Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

Meu canarinho - da - terra
Hoje ganhou liberdade,
Canta seu canto lá fora
Pois era pura maldade
Deixá-lo como uma fera
Aprisionado em gaiola.

 



Voe, voe, canarinho,
Vá buscar o infinito,
Faça do canto seu grito,
O brado de liberdade...
Esqueça minha maldade,
Perdoe-me pela prisão...
Quem fala é meu coração
Cheio de felicidade...



Voe, voe, canarinho,
Vá buscar a companheira
Com ela se acasalar
E construir o seu ninho
No pé de jacarandá.

 



Porém se um dia, quem sabe,
Por você for perdoado,
Cante seu canto dobrado
Que sempre me encantou,
Aquele canto em chorrilho,
Faça coro com os filhos
Que por certo já gerou.


 

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