Antonio Manoel Abreu Sardenberg

 

 

 

Amuado no meu canto solitário,
Sinto a vida fugir devagarinho
Levando junto a dor desse calvário
Que construí ao longo do caminho.
 


Em cada passo vejo o meu passado
Na estrada que parece não ter fim
E fito o tempo quase desbotado
Na pouca luz que ainda brilha em mim...

 



E assim vai rompendo a desesperança,
Deixando a dor sofrida para trás
Na imagem fosca de terna lembrança!

 



Bate a saudade, como por vingança,
Do meu passado que não volta mais
Do doce tempo quando fui criança.
 

 

Todos os direitos reservados ao autor