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Da rosa quero a essência,
O perfume que inebria,
 A pétala sedosa e macia,
A mais pura inocência.



Quero ser também o orvalho,
Que banha seu corpo vadio.
Nas noites de intenso frio
Quero ser seu agasalho!



Quero ser o colibri
A sugar seu doce mel
Ser o seu teto, seu céu,
Seu jardim, seu bem-te-vi.


Quero ser aquele espinho
Que a sua haste protege
Dos insanos e hereges
Que cruzam o seu caminho.

Quero ser o seu pretexto,
Seus enganos e desculpas
Quero ser todas as culpas.
Ser prosa do seu contexto.
 

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